domingo, 11 de setembro de 2011

ACADEMIA,AMARELINHA,SAPATA...

ACADEMIA OU AMARELINHA
Desse jogo pode participar qualquer número de crianças. Risca-se no chão, com carvão, giz, ou se for na areia, com um pedaço de pau ou telha, uma figura que parece um boneco com uma perna só, de braços abertos, ou um avião, como também é conhecido em algumas partes do Brasil. As quadras da academia terminam com o céu (um círculo). São mais sete casas numeradas. A criança que gritar antes a palavra PRIMEIRA inicia o jogo e a ordem de quem vai jogar vai sendo gritada pelas outras crianças, sucessivamente. A brincadeira consiste em jogar uma pedra na primeira casa e ir pulando com um pé só e com as mãos na cintura todo o desenho, indo e voltando, evitando-se pisar na casa onde está a pedra e pegando-a na volta. Joga-se a pedra na segunda casa e assim sucessivamente até o céu (círculo). A pedra jogada tem que parar dentro do espaço delimitado de cada quadra ou casa. Ganha o jogo quem conseguir chegar ao céu, sem errar, ou seja colocando a pedra no local correto, em todas as casas, fazendo todo o trajeto sem colocar os dois pés ou pisar na linha do desenho. Pode-se também fazer todo o trajeto sem jogar a pedra, levando-a em cima do peito de um dos pés ou de uma das mãos, sem deixá-la cair. Quem errar espera a próxima jogada e recomeça de onde parou. Há ainda uma outra etapa, onde se joga a pedra de costas e se acertar uma casa, passa a ser seu proprietário. Ali, nenhum dos adversários poderá mais pisar. Ganha quem tiver o maior número de “casas próprias”. 

Simples e garantido

Viu como é fácil se divertir com brincadeiras que não são tão modernas? Assim, você ainda conhece novos amigos e tem mais contato com eles. Quer uma dica? Descubra novas brincadeiras com seus avós ou pais, chame os amigos e amigas e comece a se divertir. Mas não se esqueça de convidar seus pais e avós, que eles também vão curtir bastante as brincadeiras!

Diversão na rua

Légis brincando de pular cordaQueimada, brincadeira de roda, cirandinha, carniça, pique-esconde, pique-pega, passa-anel, pula-corda, elástico e pipa animavam a garotada quando não existia computador. O pessoal saía de casa para passar o dia com os amigos. As brincadeiras rolavam durante a tarde toda, em época de aula, e o dia inteiro nas férias. Se a mãe não chamasse a turma para fazer as refeições, os meninos e meninas brincariam o tempo todo sem cansar.

Junte mais ou menos 10 amigos e divida o pessoal em grupos: cinco para cada lado, uma bola, um campo e um time contra o outro. Você vai precisar disso para fazer uma boa partida de queimada. É só jogar a bola e tentar acertar o colega do grupo adversário. Se acertar, pode gritar: “Queimei!!” O time que “queimar” todos os adversários primeiro vence.

Reúna quantos amigos quiser. Tire par ou ímpar para ver quem vai começar procurando ou pegando. Os outros se escondem ou correm. Se alguém for descoberto ou apanhado pelo colega, será o próximo a procurar ou correr atrás dos amigos. Assim você brincará de pique-esconde ou pique-pega.
As meninas gostavam mais de brincadeiras como o Edu coruja soltando pipaelástico, o pula-corda e o passa-anel. Mas os meninos também podem participar. Basta um anel e várias mãos fechadas; você coloca o anel na mão que quiser, e quem adivinhar em que mão está o anel vence o jogo. Com uma corda e três amigas, já dá para experimentar essa divertida brincadeira: fica uma de cada lado da corda, e a outra menina entra no meio para pular.

Era possível ver muitas pipas no céu, que ficava quase todo tomado por aqueles papagaios (assim as crianças também chamavam a pipa). Mas hoje em dia você ainda consegue ver uma ou outra pipa no céu. É uma brincadeira que você mesmo faz: monta a pipa e coloca no céu. Empiná-la não é difícil.

Especialmente para garotos

BonecoPlaymobil: era um brinquedo bem criativo. Você podia montar os cenários (hospital, forte-apache, barcos, carros) do jeito que quisesse para colocar osLego bonequinhos.

O lego também mexia com a criatividade das crianças, que usavam os bloquinhos para montar prédios, casas, carros etc.) Ele ainda existe hoje.

Os soldadinhos de chumbo eram pequeninos bonecos de guerra. Os meninos podiam simular ataques e brincar com os colegas. Era um sucesso!Lego

Quem não se lembra do pião? Era só enrolar a corda em volta e soltar, para ficar observando quantas voltas ele dava. Os meninos tinham formas diferentes de soltar o pião: sabiam colocar na mão enquanto rodavam e devolviam para o chão sem que o pião parasse de girar.

Falcon: era um boneco aventureiro que chamava muito a atenção dos meninos. Eram vários modelos que faziam a história e a brincadeira rolar. Ele enfrentava a natureza, lutava contra tubarões, aranhas gigantes gorilas, polvos e leões.

Bolinhas de gude: bolinhas coloridas ou transparentes que meninos e meninas usavam para brincar na rua. As crianças se reuniam, faziam buraquinhos na areia e a competição começava. Com as mãos, elas jogavam as bolinhas para seguirem um caminho, um trajeto com obstáculos, chegada e ponto final. As cores eram diversas, e as mais bonitas até valiam mais pontos. Quando essa brincadeira estava na moda, você não via uma criança sem um saquinho na mão para guardar as tão preciosas bolinhas de gude.

As meninas adoravam

Menina FlorAs bonecas de pano de antigamente eram costuradas pelas mães e avós. A cada brincadeira nova, as meninas queriam roupinhas diferentes, todas feitas a mão. As garotas brincavam de casinha e tinham todos os acessórios para aumentar a festa, como panelas, pratos, talheres de plástico e paninhos.

Uma boneca que fez muito sucesso foi a Magic Baby (bebê mágico, em inglês). Ela vinha sem roupinha e assim a criança podia ver, na hora de abrir, se era um bebê menino ou menina.

A menina-flor também teve a sua época: ela virava flor, mas se a menina não quisesse mais uma flor ela virava boneca de novo.

Do fundo do baú

AtariA nossa turma fez uma pequisa nos arquivos de todas as épocas para conhecer a evolução dos brinquedos. Veja o que nós descobrimos:

Você nunca deve ter ouvido falar no Atari, mas conhece tudo sobre video games. O Atari foi um dos primeiros a chegar ao Brasil, nos anos 80. Foi o mais popular da época. Os jogos eram em cartuchos, mas não existiam tantas locadoras como hoje. Por isso, os amigos se encontravam mais, porque precisavam trocar os cartuchos para jogar juntos - eles iam um para a casa do outro e brincavam o tempo todo.

O pogobol era um brinquedo bem divertido: ele tinha um arco parecido com o anel de PogobolSaturno no meio de duas bolas (uma para baixo e outra para cima). Para brincar, as crianças pulavam em cima dele. Era a diversão da garotada, que cansava as pernas mas adorava.

O carrinho de rolimã era parecido com um skate. As crianças usavam restos de madeira, quatro rodinhas e faziam seus carrinhos. Não era preciso muito para a brincadeira estar pronta: só a ajuda dos pais para fazer o brinquedo e as rampas. Hoje o carrinho de rolimã deu lugar ao patinete, ao skate e aos patins, que você conhece bem e garantem muita diversão.

Era inesquecível juntar os amigos para o futebol de botão. Cada jogo era um evento super importante, com direito à participação do avô. Muitas crianças juntavam os amigos, irmãos e primos para emocionantes partidas. Se você ainda não conhece, vale a pena tentar: cada um leva seu time e o campeonato começa. É diversão certa.

A alegre história dos brinquedos

A alegre história dos brinquedos

A alegre história dos brinquedos
Em março de 2005
Nas férias você se diverte com brincadeiras, amigos reunidos, cinema, desenhos e muitas outras coisas legais. Mas imagine como seria um mundo bem diferente do que você conhece! Sem playstation, Bob Esponja, Harry Potter, brinquedos super modernos, DVD, computador!? Não se assustem! Esse não é um mundo imaginário, ele realmente existiu. Seus pais não brincavam com video games, e sim com piões, bonecas de pano e carrinhos de madeira construídos a mão!

Faça um teste: pergunte aos seus pais quais eram os brinquedos de que eles mais gostavam quando crianças. Depois perguntem aos seus avós. Você vai descobrir a quantidade de brinquedos diferentes e divertidos que já existiram.

Brasileiro não vê o brincar como prioridade para a criança

Notícia sobre resultado de pesquisa da Ipsos Public Affairs publicada no site do deputado federal Fernando Gabeira. A pesquisa indica que apenas 19% dos entrevistados classificam a brincadeira como fundamental para os filhos

Estatuto da Criança e do Adolescente

A lei promulgada no Brasil em 13 de julho de 1990 tem o objetivo de garantir proteção integral à criança e ao adolescente no País. Em seu art. 16, que enumera os aspectos do direito à liberdade garantidos à criança, há um inciso, o IV, que especifica o direito de “brincar, praticar esportes e divertir-se”.

Convenção Sobre os Direitos da Criança

A Assembléia Geral das Nações Unidas adotou a Carta Magna para as crianças de todo o mundo em 20 de novembro de 1989. No ano seguinte, o documento foi oficializado como lei internacional. Foi ratificado por 192 países, incluindo o Brasil. “Brincar é um dos traços característicos da primeira infância. Por meio da brincadeira, a criança, além de se divertir, amplia suas capacidades”.

Declaração Universal dos Direitos da Criança

Declaração Universal dos Direitos da Criança
Publicado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância, a Unicef, em 1959. O documento dita: “A criança deve desfrutar plenamente de jogos e brincadeiras os quais deverão estar dirigidos para educação; a sociedade e as autoridades públicas se esforçarão para promover o exercício deste direito”. Tal como a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Declaração dos Direitos da Criança enuncia um padrão a que todos devem aspirar.

IMPORTÂNCIA DA BRINCADEIRA

Atividades que as mães associam ao desenvolvimento saudável


Já é consenso entre especialistas como médicos, psicólogos e pedagogos: para a criança o ato de brincar tem importância equivalente ao acesso à educação e à saúde. Não é à toa que o direito à brincadeira consta de documentos como a Declaração Universal dos Direitos da Criança, documento da Unicef de 1959, e, em nível nacional, do Estatuto da Criança e do Adolescente, a lei que no Brasil especifica os direitos de quem está em pleno desenvolvimento físico e psicológico. Apesar desse reconhecimento formal, muita gente não enxerga importância na brincadeira. Ainda persiste a idéia de oposição entre o ato de aprender e o de brincar. No Brasil, pesquisa revela que apenas 19% dos brasileiros reconhecem na brincadeira algo de fundamental para o desenvolvimento da criança.